A Judia e o Alemão
(a Roberto Freire, ao Anarquismo, ao Amor)
Os cães trepam em frente
Da casa espírita
Que com água benta
Em vão tenta exorcizar o Amor!
Mesmo dentro
Do meu coração
Percorre a rua na finita solidão
Dos amantes e poetas
Que transformam em Amor
Qualquer palavra predileta
E em ânsia sã ou vã
O amadorismo das palavras descobertas
Sempre fui alcoviteiro do Amor
Mesmo quando delator me torna
E retorno em mágoas
O belo sentimento resguardado
Como enigma...
Como miragem
De um resplendor
Apenas visto no silêncio
Das fábulas de Homens e Cães
Que procuram no Amor
Atenuar sua condição de Fera.
-Miguel Vieira
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