Do NE10 Com informações de José Teles, do Jornal do Commercio
Lula Côrtes coleciona várias habilidades. Cantor, compositor, artista plástico. Casado com a cineasta Kátia Mesel, foi líder não oficial de um movimento cultural alternativo no Recife, nos anos 70. Agitador cultural, não conseguiu vencer a luta contra um câncer, que insistia em derrubá-lo há mais de dez anos. Na madrugada deste sábado (26), não resistiu mais.
» Morre o músico pernambucano Lula Côrtes
A doença, no entanto, não o afastou dos palcos. Sua última apresentação aconteceu na semana passada, em São Paulo. Ele e Zé da Flauta foram convidados para tocar com Alceu Valença na recriação do antológico show Vivo.
Lula Côrtes fez história com Satwa, considerado o primeiro disco independente da moderna música brasileira, e com o lendário álbum duplo Paêbirú – o caminho da montanha do sol, em parceria com Zé Ramalho. Foi grande incentivador do Abril Pro Rock.
Atualmente, também atuava como assessor da Secretaria de Cultura de Jaboatão dos Guararapes.
Neste vídeo exclusivo, ele conversa sobre a doença com Júlio Neto e Ricardo Almoêdo, durante entrevista para o documentário Abril Pro Rock Fora do Eixo, em 2008.
Luiz Augusto Martins Côrtes - Pioneiro na mistura de rock com ritmo nordestino (MATHEUS MAGENTA)
O artista pernambucano Luiz Augusto Martins Côrtes, conhecido como Lula Côrtes, 61, morreu na madrugada deste sábado no hospital Barão de Lucena, em Recife. O artista, que tinha câncer na garganta, foi um dos pioneiros na mistura do rock com ritmos nordestinos.
Côrtes foi cantor, compositor, artista plástico e escritor. Uma das obras mais famosas do artista é o disco "Paêbirú", gravado na década de 1970 com Zé Ramalho.
O disco, considerado um dos principais expoentes da psicodelia nordestina, sofreu influências de canções indígenas, timbres orientais e de bandas como Pink Floyd.
Em 1975, uma enchente que atingiu Recife destruiu quase todas as cópias do vinil na gravadora Rozenblit --exceto 300 que estavam na casa de Côrtes. O disco se tornou raridade e é um dos mais caros em sebos do país.
A obra nunca foi relançada em CD no Brasil, como pretendia Côrtes.
Em entrevista à Folha em 2006, ele afirmou que "a única coisa chata é que ele é um dos discos mais raros e caros do mundo, mas não recebo um centavo por isso".
As histórias sobre "Paêbirú" e a cena musical da época serão contadas em um documentário feito por Cristiano Bastos e Leonardo Bomfim. "Nas Paredes da Pedra Encantada", dá nome ao filme.
O corpo de Côrtes foi velado no sábado na Câmara de Jaboatão dos Guararapes (região metropolitana de Recife), onde ele trabalhava como assessor especial da prefeitura na área de cultura.
O enterro ocorreu anteontem, no cemitério da Muribeca, também em Jaboatão.
Olha o time: Alceu Valença (voz e violão), Zé Ramalho (voz e viola), Lula Côrtes (tricórdio), Zé da Flauta (flauta), Ivinho (guitarra),
Paulo Raphael (baixo), Israel Semente Proibida (bateria) e Agricinho Noia (percussão).Alceu Valença – Vou Danado Pra Catende(1975):
(Já com ingressos esgotados)Alceu Valençatoca (resgata?) o álbum “Vivo” (1976) no projeto Álbum do Sesc Belenzinho (São Paulo). O show terá participação de Zé da Flauta, Lula Côrtes e Paulo Rafael (ex-Ave Sangria e atual guitarrista de Alceu). Será que esse show chega aqui no Recife? Teatro do Parque? Santa Isabel?
Sobre o álbum “Vivo” de Alceu Valença:
“A consagração (de Alceu Valença) veio com a capa do Pasquim com o lançamento do disco Alceu Valença Vivo de 1976 que é o melhor registro desta sua primeira fase artística.”MPBNet
“O disco VIVO foi o disco mais importante como influência para a Jorge Cabeleira começar a formatar seu som, cortesia de Pedro Mesel, que conhecia o som através de Kátia, sua tia. É um disco belíssimo.”Dirceu Melo(ex-Jorge Cabeleira e atual Eta Carinae) no Facebook
Zé Ramalho, Alceu Valença e Lula Cortês
“Em fevereiro, (Alceu Valença) participa do Festival Abertura, promovido pela TV Globo, no Rio de Janeiro, com a canção “Vou Danado pra Catende”, e recebe do júri o prêmio de “melhor pesquisa musical”. Estréia o show “Vou Danado pra Catende” no Teatro Tereza Rachel, em Copacabana, que se transforma no repertório do primeiro disco ao vivo, “Vivo”, lançado no ano seguinte pela Som Livre.”Biografia Alceu Valença
“Gravado ao vivo no teatro Teresa Rachel, no Rio de Janeiro, durante a realização do show “Vou Danado pra Catende”, o disco VIVO (1976) trazia pela primeira vez o registro de toda a energia de um show de Alceu Valença. Canções como “Casamento da Raposa com o Rouxinol”, “Sol e Chuva”, “Punhal de Prata” serão apresentadas com outras como “Vou Danado pra Catende”, que dá nome ao show, mas ficou fora do disco. O roteiro inclui também grandes sucessos do músico pernambucano. Duração: 1h30.Sesc
Release do show: Lançado originalmente em 1976, este álbum apresenta grandes clássicos de Alceu Valença, gravados ao vivo, em versões remasterizadas. Destaques para “O Casamento da Raposa com o Rouxinol”, “Descida da Ladeira” e “Sol e Chuva”. Confira!
1. O Casamento da Raposa com o Rouxinol (Alceu Valença)
2. Descida da Ladeira
3. Edipiana Nº 1 / Emboladas
4. Você Pensa
5. Punhal de Prata / O Medo / Quanto é Grande o …
6. Pontos Cardeais
7. Papagaio do Futuro / Emboladas
8. Sol e Chuva
Alguém muito sábio,falou... "O melhor mecanismo do mundo é a vagina, buceta mesmo. Pode-se dar partida com um dedo. Se auto lubrifica. Fica do tamannho que convêm. E troca seu próprio óleo a cada quatro semanas. Só é uma pena que a gerência do sistema seja tão temperamental!" hahahaha
Trabalhadores explorados e subjugas Vendem suas vidas para serem aprisionados Não tem outra opção, há não ser humilhados De ganhar um salário mínimo, e ficarem calados.
Patrões mandam, e o povo tem que obedecer Obrigados a trabalhar pra seu emprego não perder Faz mais de oito horas se fudendo pra valer E agora sua extra, como vai receber?
Fiquei indignado em tudo que eu via Porque no trabalho tinha tanta injustiça, tanta agonia Porém fiquei a mim pensar em um certo dia Com quem fica o dinheiro de nossa mais valia.
Chega ! não aguento mais tanta exploração Quanto mais falamos, parece que nunca há solução Até os próprios políticos que votamos na eleição Só estão preocupados em encher o cú do patrão.
Todos foram mortos pra demonstrar Que o puder é foda, é de arrasar Os militares no comando pra derrubar Todo aquele que quiser mudar.
Tempos obscuros enganando a nação Colocando o país sobre sua dominação Muita gente humilhada, sem ter razão Muitas pessoas mortas, verdadeira inquisição.
O direito de expressão não existe mais Estudantes nas ruas apanham como animais Muitos torturados como marginais Sentenciados pelos generais.
O AI5 foi implantado aumento a repressão Nele o presidente tinha plenos poderes sobre a população Muitos morreram pela nossa liberdade Carlos Marighela, Capitão Lamarca Manoel Lisboa, Vladimir Herzog Heróis de verdade Não os militares.
Che guevara, Zumbi e Lampião nem Jesus Cristo escapou dessa imensa humilhação.